O sistema Start-Stop é mais uma das melhorias em motores de carros preocupadas com o consumo de combustível, tanto por questões relacionadas ao meio ambiente quanto econômicas. Embora faça parte desta onda mais recente de avanços ecológicos, a tecnologia não é tão recente.
A primeira vez que o mundo enxergou, de fato, a necessidade de controlar seu consumo de derivados do petróleo ocorreu na década de 70, nas chamadas crises do petróleo. Foi nessa época, com o preço do barril do petróleo até três vezes mais caro, que o sistema start-stop foi criado.
Sem injeção eletrônica e com capacidade tecnológica para testes e desenvolvimento reduzida, no entanto, o sistema causava mais problemas do que economizava, saindo de circulação até o ano de 2004. Com as novas tecnologias e um trânsito urbano muito mais denso e cheio de paradas, o start-stop começou a se popularizar e ser cada vez mais presente nos novos modelos.
Como funciona o sistema?
O sistema start-stop consiste em identificar a situação do carro e desligar o motor, de forma que esteja pronto para ter a atividade rapidamente retomada, sempre que for conveniente. Um conjunto de sensores identifica quando o carro está parado em um congestionamento ou no semáforo e interrompe o funcionamento do motor imediatamente.
Quando estes sensores indicam que o condutor iniciou os movimentos para retomar a locomoção, o motor volta a funcionar rapidamente, permitindo que o carro entre em movimento normalmente, sem que o motorista sofra prejuízos pelo processo.
A estimativa é que o sistema consiga reduzir o consumo do carro em mais de 10%, e reduza a emissão de gases prejudiciais para o meio ambiente em proporção semelhante. Outro fator central para o desenvolvimento do sistema diz respeito à facilidade do uso.
A ideia é que o motorista não precise aprender a utilizar o sistema e, na prática, não precise adaptar em nada a forma como dirige em prol do start-stop. Por isso, o sistema atua de acordo com os padrões do trânsito, não exigindo engajamento do condutor em relação ao seu funcionamento.
Uso no Brasil
Desde 2004, quando o novo método de start-stop foi desenvolvido para o francês C3, sua utilização começou a popularizar-se. Inicialmente, a implementação ocorreu em carros de maior porte e custo: no caso brasileiro, era comum encontrar o sistema apenas na categoria premium, em veículos de fabricantes como BMW, Audi e Porsche.
Ao longo do tempo, no entanto, carros mais acessíveis tentaram implementar o sistema de economia e uso racional do motor em momentos de parada. Hoje o sistema é presente em carros como o Fiat Uno – reforçando a ideia de um modelo de entrada preocupado com o consumo: setor no qual a utilização do start-stop pode estabelecer-se de forma definitiva.
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