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Detectores de radar: Vale a pena comprar?

Os detectores de radar são aparelhos muito procurados e comentados por aqueles que costumam viajar bastante e não conseguem abrir mão de correr acima da velocidade permitida na estrada.

Seja por pressa ou pelo simples prazer de correr, vale lembrar que andar acima da velocidade permitida sempre é um risco para a segurança tanto do condutor quanto das outras pessoas que estão na estrada, e o recomendado é que motoristas evitem esta prática.

Há quem diga, também, que compra e utiliza detectores de radar simplesmente para certificar-se de que não está acima da velocidade por algum engano ou no caso de haver algum radar móvel escondido com policiais.

Além disso, algumas pessoas utilizam aplicativos de celular que determinam onde há radares na estrada, embora estes nem sempre estejam atualizados e funcionem de forma diferente do que o aparelho físico.

Como funciona?

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Photo credit: Chodaboy via VisualHunt / CC BY-NC-ND

O funcionamento dos detectores de radar é bastante interessante e complexo. Para entendê-lo, é necessário saber como o próprio radar funciona:

O radar, seja fixo ou móvel, emite uma série de ondas eletromagnéticas em determinadas sequências, que identificam a movimentação dos carros e a velocidade desta movimentação através da interação entre as ondas e os carros.

Os detectores de radar, por sua vez, captam a transmissão destas ondas a uma distância razoável e apitam quando há uma transmissão de emissões eletromagnéticas detectadas pelo seu aparelho. Por isso, eles funcionam tanto para radares fixos quanto móveis.

Algumas vezes, no entanto, aparelhos que não são radares emitem ondas eletromagnéticas em frequências parecidas, e isso pode gerar confusão para o detector, gerando falsos alarmes.

Detectores de radar são legais?

Não há legislação que impeça a compra e venda de aparelhos que identifiquem ondas eletromagnéticas e emitam um sinal sonoro, por isso é tão fácil encontrar os detectores de radar à venda em diversas lojas e sites.

Por outro lado, o Código de Trânsito Brasileiro proíbe, em seu artigo 230, a utilização deste tipo de equipamento dentro de veículos, com a finalidade de identificação de radares.

Se algum veículo for encontrado com o aparelho em funcionamento em seu interior, configura uma infração gravíssima. Isso gera multa e apreensão do veículo, pois é considerado um automóvel irregular para o tráfego no trânsito.

Quanto custa?

Os detectores de radar podem ser encontrados por diversas faixas de preço, de acordo com suas funcionalidades, qualidade de detecção e capacidade de evitar interferências. Seus valores podem ir de algumas centenas de reais até alguns milhares, com aparelhos no mercado que chegam a custar mais de três mil reais.

Afinal, vale a pena comprar?

Para dar o veredito final, há uma série de fatores a serem considerados. Em primeiro lugar, há a questão da segurança: geralmente, a compra de radar é feita por quem tem o hábito de andar acima da velocidade máxima permitida nas estradas, e não é necessário repetir os riscos à segurança deste tipo de comportamento e o quanto ele deve ser repensado pelo condutor que costuma agir assim.

Há, ainda, a questão matemática pura: partindo da estimativa de que o motorista compre um modelo intermediário, pouco acima de mil reais: quantas multas são necessárias por excesso de velocidade – na velocidade média  na qual este condutor costuma dirigir – para compensar a compra?

Além disso, deve-se somar na equação o risco de ser pego pela polícia com um detector no carro e receber uma multa superior ao valor do aparelho e, ainda, ter o carro apreendido.

Então, a menos que o condutor receba uma quantidade significativa de multas todos os meses (ocasião na qual provavelmente já teria perdido a CNH), são poucos os resultados matemáticos que tornam esta compra verdadeiramente vantajosa para o motorista na ponta do lápis.

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