A Yamaha Neo 125 2018 volta ao mercado toda renovada. Conservando apenas o nome e o porte enxuto do saudoso modelo carburado, na época conhecido pelo design agressivo e as grandes rodas. Nacionalizada em Manaus, a Neo traz design esportivo e, melhor ainda, acompanha um novo motor injetado, com 125 cm³ e 9,8 cavalos (a 8.000 rpm). O preço sugerido pela marca é de R$ 7.990.
Especificações
A nova Neo faz um percurso estritamente urbano, sugerido pela Yamaha. Após conhecer a parte técnica e checar o visual rebuscado, com direito a faróis de LED. Parte da agilidade no trânsito e corredores se deve ao porte compacto da Neo, que mede 1,87 m de comprimento e 68,5 cm de largura.
Em sua apresentação, a Yamaha frisou que espera 80% das vendas para novos motociclistas, sendo que 60% do total deverá ser formado por mulheres. De fato, o lado amigável da Neo 125 já aparece em seu peso: tem apenas 96 kg, totalmente abastecida, e um assento razoavelmente baixo, a 77,5 cm do solo. Além disso, o guidão compacto e auxilia em manobras de baixa velocidade ou ao estacionar.
Câmbio
O câmbio automático variável também ajuda a quem está começando ao guidão. Suave, o sistema revelou bom entrosamento junto do motor de 125 cm³. A máquina refrigerada a ar tem ventoinha lateral que manda o ar fresco para uma cápsula plástica em volta do motor.
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O funcionamento é devido ao cilindro fundido em alumínio com silício, para menor atrito, e pistão forjado . O cabeçote vem trazendo balancins roletados para que se consiga acionar as duas válvulas com o menor atrito possível.
Desempenho
O desempenho não é de causar total emoção, com os 0,98 kgfm de torque a 5.500 rpm são suficientes para que a aceleração desde a imobilidade aos 70 km/h com total rapidez. Por ter uma transmissão que é do tipo escalonada, consequentemente, a Neo 125 se mostrou leve diante de pouca ou nenhuma aceleração. Inclusive, esta condição de baixo consumo de combustível é indicada pela luz “Eco” no mostrador.
Freios
Os freios são competentes, devido ao disco dianteiro ser de 200 mm e o tambor localizado na traseira de 130 mm. Além do mais, o sistema é do tipo combinado, ou seja, quando houver o acionamento do manete do freio traseiro ao máximo, o dianteiro é acionado em até 30% de sua carga.
Visual
Em relação à antiga Neo 125, o novo recebeu rodas menores. Ao passar das de 16” para as atuais 14” e não de uma motoneta como a Honda Biz 125, sua maior concorrente. Agora a Yamaha usa pneus radiais, sem câmara, que estão mais largos: 80/90 na frente e 90/90 atrás. Além disso, a suspensão traseira passa a ser monoamortecida. Agora, para retirar a roda é preciso soltar apenas o escape, e não mais o amortecedor junto dele.
Com 9 cm de curso em ambos eixos, a suspensão continua firme nos pisos maltratados. Em contrapartida, o assento generoso, com bastante espuma, ajuda a guiar bastante sem cansar fácil. A porção do carona também agrada e é servida por alças e pedaleiras de alumínio.
Outra solução usada para deixar a dianteira mais leve e rápida aparece na fixação do eixo. Durante a volta com da Neo 125, pareceu que poucos scooters (ou motonetas) são tão fáceis de serem guiadas. Inclusive, há tempos não se via uma motocicleta invocar uma cobiça nos motoristas e também motociclistas, que vinham tirar dúvidas ou arregalar os olhos.
Muito disso se deve ao design dianteiro “ave de rapina”, mas a Neo 125 esconde nichos espaçosos nas laterais do escudo frontal; bem como o tradicional gancho para pendurar sacola ou mochila.
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