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Honda CB 650R 2019: quase uma Hornet!

A Honda está mesmo disposta a bancar, para sua nova linha naked, o estilo retrô já revelado ano passado com os seus últimos lançamentos no mercado internacional. No último Salão de Milão, no final do ano passado, voltou a predominar o design NSC (Neo Sports Café) nos lançamentos da linha 650, especialmente a Honda CB 650R 2019, que deve chegar até o final deste primeiro semestre ao Brasil.

Esse foi o principal lançamento da marca japonesa no Salão de Milão e, para o Brasil, ela chega para ser a substituta natural da CB 650F. A Honda também fez o lançamento da esportiva CBR 650R, que aqui deve ocupar o lugar onde hoje reina a CBR 650F.

Predomina o modelo retrô dos anos 60

Esse estilo retrô NSC já havia sido demonstrado pela Honda nos lançamento das CB 1000R e CB 300R, chegando também na nova CB 125R, todas com lançamentos que ocorreram ano passado e que devem chegar ao Brasil provavelmente até a metade deste ano, substituindo os modelos correspondentes que ainda estão no mercado.

Como principal característica destes modelos retrô, aparece na dianteira um farol arredondado, bem ao estilo dos anos 60, mas cercado de novas tecnologias, como os modernos faróis em LED.

Nos dois modelos novos, maior potência

A Honda pretende deixar claro com estas mudanças que quer dar um ar de mais esportividade a seus novos lançamentos, o que inclui a maior potência às novidades que estão chegando. Em ambos os novos modelos, o motor chega a 95 cavalos, superando bem os 88,5 cavalos das motos que estão no mercado.

Isso deixa os apaixonados por motos com um sorriso de satisfação, misturado a um pouco de nostalgia, pois a nova Honda CB 650R 2019 aproxima-se em potência da antiga Hornet, que foi retirada do mercado exatamente quando do surgimento da CB 650F, que agora será substituída.

Honda CB 650R 2019

Mais radical, com mudanças na suspensão

Outro indício de que a Honda busca ares de maior esportividade está na substituição da letra “F” pelo “R” nos dois novos modelos. O F, de fun (diversão, em inglês) deu lugar ao R, de racing, que significa ‘corrida’ em inglês. Fica muito claro, portanto, que o objetivo mesmo da fabricante é o ar de esportividade, o que também aparece com o aumento da potência.

Além desse ar de maior esportividade e ganhos em potência, a Honda CB 650R 2019 apareceu com suspensão do tipo invertida na roda dianteira, o que também é outro indício na direção da esportividade, pois torna a nova moto mais radical que sua antecessora CB 650F e que deve ser substituída a partir deste ano.

Potência aproxima-se da antiga Hornet

Com os mesmos 4 cilindros anteriores mostrando-se mais nervosa e maior potência, a CB 650R tornou-se a vedete da japonesa Honda no Salão de Milão. A grande pergunta que se faz entre os aficionados por motos no Brasil – e da marca, claro – é se essa parte mecânica melhorada vai ser bem aceita aqui no Brasil.

A primeira impressão é que sim, pois, afinal, ela vai trazer boas lembranças ao aproximar-se da potência que era desenvolvida pela antiga Hornet, de tantas saudades entre os seguidores desse tipo de motos no Brasil.

Toda a potência do motor está à mostra

Quanto ao visual no estilo neo clássico, o NSC, a manutenção da tendência já era mais ou menos esperada, depois que ano passado a Honda soltou no mercado os três modelos com este novo visual – a CB 125, a CB 300 e a CB 1000R. Algo que parece ter pego bem na Europa, onde o segmento das 600 cc representa pouco mais de 35% das vendas da marca japonesa.

A nova Honda CB 650R 2019 apresenta as mesmas tendências da CB 1000R, como poucas carenagens – apenas o indispensável -, permitindo que o motor mostre-se a todos com toda sua força, incluindo as saídas de escapamento. Até mesmo as lanternas, os faróis e o painel de ambas mostram boas semelhanças.

Muda e melhora a posição do piloto

Para o painel de instrumentos da nova CB 650R, a Honda trouxe uma tela LCD da Sharp, praticamente o mesmo da moto maior de 1000 cilindradas. Ela traz um indicador de troca de marcha e de posição. Também apresentam o Peak Hold, que é um instrumento que informa o pico de rotações para o motor, entre outras informações de menor importância.

Outra mudança interessante trazida pela Honda para estes novos lançamentos é a posição do piloto, que ficou levemente mais avançado, já que o guidão cônico de 21,9 polegadas ficou 12,7 centímetros mais para a frente e 0,7 centímetros para baixo. Com isso, a posição para os pés foi colocada um pouco para trás, já que a pedaleira está 3,3 centímetros mais recuada.

Honda CB 650R 2019

Cinco quilos mais leve que a atual

O assento, entretanto, continua na mesma posição, em duas alturas, fazendo com que a posição do piloto torne-se ligeiramente mais inclinada para a dianteira, dando-lhe um ar de pilotagem com um pouco mais de esportividade. Isso oferece, também, melhores condições de pilotagem, tanto em cidades como, principalmente, nas estradas.

E foi, talvez, pensando mesmo na agilidade da nova Honda CB 650R 2019 que a estrutura de aço do chassi estilo Diamond foi substituída por placas de articulação do braço oscilante sob pressão, no lugar das forjadas, o que diminui o conjunto em 4,2 quilos comparativamente ao anterior. As informações já disponíveis, aliás, dão conta de que o novo modelo chega aproximadamente cinco quilos mais leve que o anterior.

Embreagem com boas novidades

Outra mudanças feitas pela Honda aparecem no escapamento, nas rodas, no controle do torque e na embreagem. As rodas aparecem com cinco raios num formato que lembre um Y e são mais leves. No escapamento, foi feito um pequeno ajuste para que tenha o cano de saída levemente maior. Com isso, pode fluir mais gás, ganhando também o tubo de saída mais inclinação para cima.

A embreagem recebeu ajustes interessantes. Passa a ser assistida e deslizante, o que ajuda na troca de marchas, especialmente ao não travar a roda traseira de forma especial nas reduções bruscas. A nova Honda CB 650R 2019 ganha assim novidades que a mantém atraentes ao mercado, ao mesmo tempo em que a maior potência vai trazer satisfação aos amantes das duas rodas. Agora é só esperar para ver e sentir, provavelmente antes do final do primeiro semestre.

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