Saudosistas, nostálgicos e – sobretudo – taxistas experientes podem comemorar: aparentemente o retorno de um clássico da Volkswagen é real desta vez. O Santana 2017 parece ser um rumor já confirmado pela fábrica.
Em fevereiro, o carro foi apresentado para um grupo de pessoas, incluindo motoristas e jornalistas, para fazer uma avaliação do carro, que provavelmente circulará pelas ruas do país no próximo ano, e para apresentar seu planejamento para o carro.
O modelo foi introduzido no mercado brasileiro e se manteve por mais de uma década com alta popularidade. Apesar de ter um problema de consumo de combustível considerável, o veículo é lembrado na memória de muitos nostálgicos como o primeiro carro acessível com “luxos” da época, como ar condicionado e transmissão automática.
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Se o sucesso inicial do modelo repetir-se, o Santana 2017 pode ser uma das forças da Volkswagen para lidar com a mudança estratégica que envolve o seu carro mais vendido durante anos, o Gol.
Relançamento do relançamento?
Se você gosta de acompanhar notícias sobre o Santana 2017 e está com a impressão de que já leu uma manchete anunciando o retorno do modelo há algum tempo, não se preocupe, sua memória está em ótimo estado.
O mesmo anúncio já foi feito pela montadora alemã em 2014, que estuda o retorno do Santana ao país desde que anunciou a entrada no mercado Chinês, que ocorreu em 2013.
A diferença, desta vez, parece ser o desejo da Volkswagen de competir com os sedãs médios de custo baixo do país, que ganham cada vez mais espaço, junto ao convite à midia especializada de conhecer o carro e dar suas opiniões e avaliações.
Se a notícia de anos atrás empolgou você e o abandono da ideia acabou gerando uma frustração, tudo indica que desta vez você pode apostar suas fichas e aguardar pelo Santana 2017 no primeiro semestre do ano que vem.
Sedã médio para o mercado brasileiro
No centro de exposições de São Paulo onde a montadora alemã convidou clientes e jornalistas do país para conhecer o novo carro, a ideia de inserção do mercado ficou mais ou menos clara. Relatos indicam a presença de sedãs como o Cobalt e o Prisma da GM, o Honda City, o Fiesta Sedan, o HB20S Hyundai e o Grand Siena da Fiat.
Isso indica que o carro deve estar competindo com sedãs de entrada, mas cogita aumentar sua área para versões de faixa de preço um pouco superiores – talvez um reflexo daquilo que a próprio montadora parece planejar para a próxima geração do Gol.
Motorização e modelo chinês
Um cuidado interessante que a Volkswagen demonstrou é a adaptação ao público brasileiro em relação ao modelo chinês. À primeira vista, o modelo pareceu adotar o design um pouco mais minimalista que os carros da montadora adota no país, com linhas mais sóbrias e – acima de todo – menos datado do que os carros que geralmente chegam à China.
As opções de motorização anunciadas são o já conhecido motor 1.4 TSI da VW, que costuma agradar em desempenho, mas encarece um pouco o preço final dos veículos. A versão de entrada do Santana 2017 deve utilizar o motor 1.0 TSI flex, que é o mesmo utilizado para o Up! – subcompacto da montadora.
A volks lucra de forma absurda com seus carros no “território tupiniquim” e oferece muito pouco em qualidade nas séries de entrada de seus modelos.
Quando trás veículos realmente tops seus preços são praticamente inviáveis, vide o golf GTI top de linha. Só mesmo um entusiasta da marca pra pagar o que pedem, pois pensando racionalmente se compra modelos importados com mais requinte e status com valores similares.
Gostei
Amo o Santana, tanto que já tive quatro e se for realmente lançado comprarei, mas deve-se ter “coerência de preço” para viabilizar e lotar as ruas com o modelo novamente…