A Dafra Apache 150 2017, no Brasil, não apresentará muitas novidades em relação aos modelos que já andam por aqui. Com mesma motorização e visual praticamente idêntico ao TVS indiano que trouxe diversas expectativas para o mercado quando chegou, o modelo segue com propostas parecidas às já existentes.
Isso não é, na prática, uma crítica ao modelo. Em geral, as motos da Dafra são bem resolvidas, e o caso específico da Apache 150 é notável especialmente por seu preço. O model consegue ser vendido, atualmente, abaixo dos R$ 8 mil, o que é um nível louvável de economia, especialmente sofrendo dos problemas de escala que os líderes do segmento não possuem.
Parece faltar, no entanto, algo de inovador. É difícil imaginar um motivo além do financeiro para um consumidor migrar ou iniciar sua vida sobre duas rodas sobre um Dafra. É exatamente neste aspecto que o modelo peca, muitas vezes não conseguindo compensar nas vantagens puramente financeiras.
Por outro lado, o modelo apresenta um motor satisfatório, e uma boa economia – sem grandes destaques neste sentido. Trata-se, por óbvio, de um veículo naturalmente urbano, feito para a agilidade da cidade. É uma opção interessante para compradores, mas ainda parece ser necessário ajustar sua proposta para algo que faça o consumidor sair da segurança das grandes marcas.
Confira alguns aspectos principais da Dafra Apache 150 2017, e saiba o que há de positivo e negativo nesta moto:
Motorização boa para a cidade
Não há dúvidas de que o Dafra Apache 150 2017 seja um modelo feito para a cidade. Neste quesito, o modelo é muito satisfatório: seu motor conta com 14 cavalos de potência – mais do que suficiente para as necessidades urbanas do usuário. Em comparação com seu irmão de mesmo valor, o Riva, são quase 2 cavalos a mais de potência para as equivalente 150 cilindradas. Isso permite que em relação ao desempenho, a moto seja um destaque.
Desempenho não é tão vantajoso
Esse é, possivelmente, um dos pontos contraditórios do Dafra Apache 150 2017. Apesar de ser razoavelmente mais em conta que parte de sua concorrência, o Dafra é menos econômico do que alguns dos principais nomes de sua categoria.
Isso quer dizer que, em pouco tempo, a economia pode acabar não compensando. Sendo este aspecto um dos principais argumentos de venda, é fácil entender as ressalvas na hora de recomendar a moto. Há testes que apresentam economia até 15% inferior aos principais concorrentes, o que representa mais do que um mero detalhe.
Ciclística ainda é ponto forte
Obviamente, não se deve esperar o conforto de uma grande scrambler para a Dafra Apache 150 2017. Mesmo assim, o modelo mantém a boa tradição da Dafra em relação à ergonomia e à ciclística. Seu ponto mais forte provavelmente seja a possibilidade de ajustes das pedaleiras e dos semiguidões.
As suspensões também trabalham bem, e a posição mais esportiva de pilotagem pode ser interessante para quem faz o uso urbano um pouco mais ágil. A pilotagem é considerada bastante confortável, em aspectos gerais, pela maior aprte do mercado, com bastante equilíbrio e proposta coerente. Algumas ressalvas são conhecidas, no entanto, para pilotos muito altos, que podem achar frustrante as limitações dos ajustes.
Feita para a cidade
Para entender melhor a proposta de uma Dafra Apache 150 2017, é importante conhecer sua história na chegada ao Brasil, no já longínquo ano de 2010. O modelo foi desenvolvido pensando no trânsito indiano – um dos mais caóticos do planeta.
Sua vinda se deu em função do sucesso por lá, o que indica com facilidade os aspectos positivos do modelo em um cenário urbano. Ele é forte o suficiente para as arrancadas ágeis exigidas no contexto urbano, e traz bom desempenho.
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