Na hora de vender ou comprar um carro usado, ou na hora de acionar o seguro do automóvel, o dono do veículo sempre se depara com um termo poderoso: a Tabela Fipe.
A tabela Fipe nada mais é do que um índice pesquisado e divulgado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas sobre a média dos valores de compra e venda de cada modelo de carro brasileiro, e serve como a base de cálculo de muitas revendas e empresas ligadas ao meio.
Simplificando todo o serviço, a ferramenta mantém o registro das negociações de automóveis que ocorreram durante o mês e divulgam, no mês seguinte, o valor médio destas negociações, excluindo-se os valores muito distintos da média (pois eles podem representar negociações fora de condições comuns, como a transação entre pai e filho, na qual o pai aceita vender um carro por 1/3 do seu valor de mercado em função do parentesco).
A média dos valores praticados entre 24 estados do Brasil, é o valor indicado na tabela, e serve de base para diversas negociações e transações financeiras. Embora sirva como um ponto referencial para este tipo de movimentação, não há lei ou regulamentação que obrigue as partes a utilizarem o índice como o valor fixo das negociações.
O Sistema diferencia os carros por modelo (e, consequentemente, fabricante) e ano do modelo. O ano do modelo se sobrepõe ao ano de fabricação, e é por isso que a compra de um determinado automóvel fabricado em 2015 com modelo 2016 possui maior valor de revenda em relação a um 2015/2015, ao mesmo tempo em que não sofre prejuízos em relação a um 2016/2016 – afinal, o ano do modelo é o mesmo, apesar do ano em que foi efetivamente fabricado.
Tabela Fipe para seguros e IPVA
No caso do IPVA, que é o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores, a base de cálculo utiliza a média do valor de cada carro de acordo com a Fipe para divulgar seu custo final. Em anos de inflação alta, é provável que o carro – apesar da sua depreciação – tenha seu preço inflacionado, fazendo o custo do IPVA subir proporcionalmente.
O mesmo ocorre com os seguros automobilísticos, mas costuma haver uma variação relevante neste aspecto: é evidente que a média de 24 estados terá discrepâncias em relação a muitos valores regionais (certamente, o preço de um mesmo modelo em São Paulo e no Norte do Brasil serão muito diferentes).
Por isso, a maioria dos seguros calcula o valor segurado como uma porcentagem da tabela Fipe. Não é raro que se negocie um seguro sobre 115% do valor tabelado em caso de perda total, e isso ocorre para compensar as variações regionais. É importante que se faça uma comparação entre o valor divulgado da Fipe e as negociações na região em que o segurado vive, para não sair prejudicado na hora da reposição.
Tabela Fipe na hora de comprar ou vender carro usado
A tabela Fipe costuma gerar muitas discussões durante a negociação de um carro. Como a avaliação é feita sobre o modelo, sem diferenciar cor, estado de conservação ou quilometragem, é comum que vendedores e compradores queiram valores muito diferentes do referencial.
Neste caso, é importante interpretar a tabela apenas como um índice padrão – a região onde o carro está e questões como a demanda pelo modelo podem ser mais importantes do que o preço escrito na Fipe.
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