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Rota 2030: o que é o programa? Confira as principais propostas

Durante a divulgação dos números de produção e vendas da indústria automobilística nacional em abril, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA) aproveitou para detalhar as principais propostas do setor que foram levadas ao governo para formatar o Rota 2030, novo regime automotivo que deverá suceder o Programa Inovar-Auto, que se encerra em 31 de dezembro de 2017.

Sendo a intenção de construir o futuro da indústria automotiva brasileira, é necessário ter uma visão de longo prazo, no mínimo até 2030. Portanto, a estratégia leva ao Governo algumas sugestões para organizar o setor nos próximos anos e dar previsibilidade para as nossas empresas.

Rota-2030

Apesar de ser um documento extenso com diversas propostas, afirma que algumas questões são prioritárias e devem ser enfrentadas de imediato, ao término do Inovar-Auto. A primeira delas é a recuperação da cadeia de autopeças, através de um programa de refinanciamento de dívidas.

Eficiência de um carro acima de potência

Outra questão primordial para a ANFAVEA é como a nova política automotiva poderá premiar a eficiência energética dos veículos. A entidade defende que a cobrança de impostos leve em consideração o nível de emissões e consumo dos carros e não mais a cilindrada do motor.

A questão da eficiência energética deve ser considerada no modelo de tributação que estamos discutidos pela Associação. A entidade também acredita que os carros movidos a etanol também devem ser vistos de uma forma diferenciada pela nova política automotiva, por ser considerado um combustível mais limpo do ponto de vista de emissões e bem disseminado no país.

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O governo, por sua vez, dá sinais de que essa mudança pode ocorrer. Pelo menos foi o que afirmou o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira. Sinalizando que o Rota 2030 deverá contemplar a questão da eficiência energética no sistema de tributação, implementando reduções dos impostos, o IPI, que hoje estão baseados na potência do motor e na forma como o carro é movido, mas nós gostaríamos de prestigiar a questão da eficiência energética, que é importantíssima para o futuro.

Essa mudança poderá não apenas beneficiar as vendas de carros híbridos e elétricos no país, como abrir as portas para a produção nacional dessas tecnologias. A Toyota é uma das marcas mais entusiasmadas com o andamento das negociações e admite até a possibilidade de fabricar o Prius no Brasil.

Principais propostas para o Rota 2030

Recuperação da base de fornecedores

De acordo com o setor de autopeças, o mesmo sofreu muito com a queda do mercado de automóveis e está no momento fragilizado. Para que o setor recupere sua capacidade de investimento, e propõe a criação de programa de refinanciamento de dívidas ou mesmo uma linha de crédito especial. É importante que esse setor esteja estruturado para conseguir dar vazão às necessidades que a indústria terá no futuro. Precisamos investir em tecnologia cada vez mais para aumentar a nossa capacidade.

Relações trabalhistas

Em diversas ocasiões, se declarou a favor das reformas trabalhistas. Que entende que é importantíssimo que haja uma modernização das relações trabalhistas, para atrair de volta os investimentos para o setor. Por isso apoia as reformas trabalhista proposta pelo Governo.

Eficiência energética

É defendido novas metas de eficiência e também uma mudança no sistema tributário, para que os impostos sejam cobrados não segundo a cilindrada do motor, mas sim de acordo com os números de consumo e emissões. A eficiência energética foi um dos pilares do Inovar-Auto e a gente entende que precisamos continuar evoluindo nesse caminho. Estabelecendo metas de longo prazo, com a previsibilidade necessária para que as empresas continuem fazendo um investimento necessário.

Segurança

É ideal que seja estimulado um cronograma de médio e longo prazo para a inclusão de novos sistemas e recursos de segurança aos carros. O que se defende é que, mais uma vez, exista uma previsibilidade, um cronograma a longo prazo que leve em consideração o período de desenvolvimento de um produto para que a gente faça as adaptações necessárias.

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