Na hora de investir em um carro novo, além de todas as dúvidas que surgem com a questão, o método de pagamento é outro problema. Financiamento de carro e pagamento à vista representam valores finais muito diferentes, mas nem sempre é possível adquirir o bem à vista.
Algumas perguntas e reflexões são essenciais para fazer uma escolha consciente. Na ponta do lápis, o financiamento nunca joga a favor do comprador, e só vale a pena de verdade, quando não gastar todo o valor do carro irá destinar o valor para investimentos com taxa de retorno maiores do que a taxa de juros.
No entanto, nem sempre é possível esperar até que tudo seja economizado para comprar o veículo. Confira alguns pontos importantes para saber a se vale a pena realizar o financiamento do seu carro novo, e o que você precisa saber para conseguir valores melhores
A lenda do investimento em um carro
É comum que pessoas, especialmente aquelas de gerações mais antigas, pensem que adquirir um carro é um investimento em qualquer situação. A verdade é que, na maioria das vezes, a compra de um carro é um gasto.
São muito específicas as situações nas quais a compra de um carro gera um retorno financeiro sobre a situação atual, então é importante que você interprete a compra como um gasto. Mesmo você tenha motivos e que seja importante, não se engane, pois isso pode levar a gastos maiores do que você pode arcar.
Com ou sem entrada?
Essa é uma questão importante. Entradas significativas podem fazer muita diferença na taxa de juros, e mudar muito o preço final do carro financiado.
Algumas vezes, inclusive, pode compensar fazer um empréstimo menor para oferecer uma entrada razoável e financiar o resto do valor a taxas menores. Você deve fazer simulações para saber a diferença das taxas e preços nestas situações, e ter certeza de que não irá escolher uma opção de pagamento que poderia ter sido melhor planejada.
Parcelas: cuidado com o comprometimento
Financiamento de carro é uma nova conta que consome parte do seu dinheiro todos os meses. Você precisa se certificar de que esse custo não irá prejudicar sua saúde financeira.
O recomendado por economistas é que o custo da parcela nunca ultrapasse 25% da sua renda mensal. Para pessoas que já arcam com aluguéis muito altos, é necessário restringir ainda mais a participação mensal.
Financiamento é um relacionamento longo
Financiar um veículo exige estabilidade. Um financiamento de carro em 24 parcelas, por exemplo, exige que você saiba se ainda poderá arcar com o mesmo custo dentro de 24 meses.
Também é necessário considerar que, além do custo do financiamento, há uma série de outros custos agregados (como combustível e seguro), que são adicionais para quem ainda não possui carro.
Financiamento ou consórcio?
Na maioria dos casos, consórcios oferecem taxas bem melhores do que financiamentos de bancos e montadoras. No entanto, você precisa contar com um pouco de sorte para ser sorteado logo, e se há pressa na compra do carro, o consórcio pode não ser uma opção.
- Leia também: Consórcio de veículos: Vale a pena?
Se houver disponibilidade para uma entrada relevante, alguns especialistas recomendam entrar no consórcio e oferecer o valor de entrada como lance logo nos primeiros meses do serviço.Se puder esperar este tempo, o valor final do carro costuma ser menor do que o financiamento direto, até mesmo porque algumas taxas são abatidas ao se adiantar o valor do lance.
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