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Fiat Prêmio: espaço no sedã compacto

O Fiat Prêmio foi, muito provavelmente, o primeiro sedã compacto do Brasil que realmente preocupou-se com espaço interno. É bem verdade que seu antecessor, o Oggi, clamava oferecer espaço e um grande porta-malas sobre a estrutura de um 147, mas foi o Prêmio que ofereceu o primeiro esboço sobre como seria o segmento no futuro.

Com quase duas centenas de milhares de unidades vendidas durante sua história, não foi exatamente um líder absoluto na categoria em seu tempo, mas desde 1985, quando foi lançado, oferecia alguns aspectos que até hoje são chaves para os sedãs de entrada no mercado nacional.

Confira um pouco da história do Fiat Prêmio e suas características durante a dúzia de anos na qual marcou presença no mercado brasileiro.

Assumindo um posto difícil

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O Fiat Prêmio recebia um desafio importante desde antes de chegar ao mercado. Ele deveria assumir de vez a posição de sedã compacto da montadora italiana, aposentando o Oggi de maneira definitiva.

É verdade que o Oggi não foi exatamente um sucesso de vendas e não possuía um apelo visual muito significativo. Embora isso pudesse ser uma facilidade para o Prêmio, era uma espécie de lembrete macabro:

O Uno, que chegou para substituir o 147, começava a despontar nas vendas e brigar com propriedade contra os concorrentes, o que era uma boa notícia, e trazia o sedã compacto Prêmio. O medo era que, assim como o Oggi – sedã do 147 – ele não conseguisse causar o impacto necessário no mercado.

Concorrência pesada

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O medo ocorria especialmente em função da concorrência. A relação entre Gol e Voyage, na VW, já era muito bem estabelecida e a entrega final era a de um sedã compacto que agradava o mercado em diversos aspectos.

Neste sentido, era necessário que o Prêmio apresenta um preço de mercado mais interessante do que o Voyage, oferecendo conforto proporcionalmente superior.

Espaço e bom desempenho

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Para isso, a montadora italiana apostou em espaço interno e um bom motor. O veículo era mais barato, apresentava motor 1.5 e trazia resultados de performance praticamente iguais aos do Voyage, com o adicional de oferecer um espaço interno superior, no que diz respeito ao volume disponível.

Embora a briga nunca tenha sido vencida de forma definitiva pelo Prêmio, ele conseguiu estabelecer-se como um rival de qualidade – inclusive levando o título de carro do ano por algumas vezes, na mídia especializada.

Final da produção nacional e importação

Já  em 1995, cerca de uma década após seu lançamento no mercado nacional, a Fiat optou por importar o Prêmio diretamente do mercado Argentino, onde o carro não sofria tanto quanto aqui (no mercado vizinho, sob o nome de Fiat Duna, o veículo foi produzido até o ano 2000).

Sob o mesmo nome conhecido no mercado de lá, o Fiat Prêmio vendeu por mais dois anos no Brasil, totalizando cerca de 190 mil unidades vendidas por aqui em seus doze anos de história.

Sem a descontinuidade do Uno, mas com o aquecimento do segmento de sedãs compactos, o Prêmio foi aposentado para dar espaço ao Fiat Siena, que segue até hoje no mercado brasileiro, com proposta de espaço e conforto semelhantes.

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