A aplicação da direção defensiva é um dos principais elementos necessários para um trânsito seguro. Desde 2004, tornou-se uma obrigação legal que todo novo condutor deveria passar pelas aulas teóricas de direção defensiva, com este propósito.
O que é direção defensiva?
A direção defensiva é uma técnica de condução voltada para a postura do motorista em relação ao trânsito. Isso quer dizer que “defensiva”, diferentemente do que alguns podem imaginar, significa que o condutor deve estar atento às condições e aos erros cometidos em outros veículo, além da própria movimentação, com o intuito de evitar acidentes.
Diz respeito à habilidade do motorista de lidar com as situações adversas de tempo, clima e atos de terceiros, ao mesmo tempo em que consegue controlar suas próprias reações, de forma a não ser agressivo e perigoso para os outros indivíduos na mesma via.
Porque é obrigatória?
Uma das principais visões da direção defensiva diz que todo acidente de trânsito – seja entre mais de um veículo, ou com elementos da própria estrada – possui algum nível de responsabilidade humana.
Seja pela negligência do condutor, falta de atenção, ou, até mesmo, desconhecimento técnico para lidar com determinada situação, todo acidente envolve o fator humano. Na maioria destes casos, no entanto, o acidente poderia ser evitado, caso o condutor aplicasse técnicas de direção defensiva .
Por isso, desde o ano de 2004, foi instituída a adição do curso de direção defensiva ao currículo regular da habilitação do novo condutor. A ideia é que uma maior quantidade de motoristas capazes de pensar de maneira defensiva resultará em menos acidentes, e condutores mais responsáveis.
Princípios da direção defensiva
Há cinco princípios que definem os fatores essenciais para uma prática eficaz da direção defensiva:
Conhecimento: O conhecimento é essencial para entender quando uma situação passa a ser arriscada. Além da experiência adquirida com o tempo para conhecer condutores e reações do carro, a legislação é absolutamente importante para esse princípio.
É necessário que o condutor conheça seus deveres e seus direitos e, além disso, conheça os direitos e deveres de outras pessoas no trânsito – outros condutores, pedestres, ciclistas, pilotos de motos, etc. Só assim o condutor pode agir com confiança no trânsito, sabendo o impacto de suas ações.
Atenção: Diferentemente de outros meios de transporte, carros e motos não possuem aparelhos que automatizem seu funcionamento (como há em um avião, por exemplo). Isso quer dizer que tudo depende exclusivamente do condutor.
Conduzir, manter-se em segurança, sinalizar suas ações para outros veículos, entender os sinais de terceiros e estar atento às regras de trânsito já formam uma lista de coisas bastante longa para serem feitas ao mesmo tempo. Por isso, toda a atenção do condutor deve estar voltada para essa atividade.
Distrair-se com o telefone, jogos, reparos na aparência ou qualquer outra coisa que não diga respeito à condução é arriscar a segurança de de si mesmo e de muitas pessoas.
Previsão: Direção defensiva também é entender que alguns problemas acontecem mesmo quando o condutor faz tudo certo. Por isso, posicionar-se de forma segura é aceitar e estar preparado para lidar com a situação.
Manter o carro sempre revisado, com pneus calibrados, estepe em boas condições, macaco hidráulico e todos os equipamentos necessários para lidar com situações adversas fazem parte da direção defensiva
Ação: Embora a ideia da direção defensiva seja evitar momentos difíceis, algumas vezes eles são inevitáveis. Nestes momentos, o motorista deve saber o que fazer e quais são os passos corretos para cada situação.
Habilidade: A habilidade é algo que se desenvolve com a prática. Saber ultrapassar, fazer curvas fechadas e lidar com diversas situações tornam-se mais simples com o tempo, e é importante que o motorista não tente realizar manobras que estejam acima de suas habilidades.
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