Se você tem carro, já deve ter ouvido alguém oferecer o serviço de descarbonização do motor ao menos uma vez em sua vida. A maior parte das pessoas, nessa situação, não sabe exatamente o que fazer, pois o termo não está entre os mais populares ou conhecidos no segmento.
A verdade é que a descarbonização do motor é um tipo de procedimento razoavelmente simples, que pode ser feito sem grandes traumas quando mantido sob uma agenda regular de prevenção. Ignorar a necessidade de descarbonização, no entanto, pode levar a consertos muito mais caros e demorados do que o necessário.
Por isso, preparamos esse guia explicando o que é a descarbonização do motor, e quais são os tipos de procedimento e prevenções possíveis em relação ao problema. Confira:
O que é a descarbonização do motor?
Motores a combustão, em geral, costumam acumular carbono dentro dos cilindros, ao longo do tempo. Este acúmulo acontece por várias razões – desde a queima irregular o combustível, até o uso de combustíveis de baixa qualidade. Normalmente, os depósitos acontecem ao redor das válvulas de exaustão, na cabeça do cilindro e no pistão.
Com o tempo, este acúmulo pode fazer com que as válvulas não fechem corretamente, afetando os sensores e o desempenho do motor. Normalmente, os efeitos da carbonização tendem a ser percebidos apenas a partir dos 50 mil quilômetros rodados.
Os primeiros sintomas são a redução repentida da potência, bem como a redução da autonomia do veículo. Nestes casos, é comum que a quantidade de quilômetros rodados com um litro de combustível reduza progressivamente, de forma perceptível.
Como solução, há basicamente duas formas de fazer a descarbonização do motor: o procedimento químico e o procedimento físico. A seguir, explicamos como elas funcionam.
Descarbonização química do motor
A descarbonização do motor por via química consiste em circular um composto químico junto ao combustível, através do motor. Isso ajuda a “quebrar” os depósitos carbonizados pelo caminho. As partículas quebradas são, então, expelidas junto com os gases pelo exaustor.
Neste caso, utiliza-se uma alimentação secundária de combustível, para que o composto químico não seja misturado ao tanque que continuará sendo utilizado após o procedimento. Normalmente, o motor fica ligado durante 15 a 20 minutos para que o ciclo seja feito por completo.
A descarbonização química é amplamente utilizada como uma medida preventiva, mas não é tão eficiente para tratar motores que já estão em uma situação crítica de carbonização.
Descarbonização física do motor
Quando o acúmulo de detritos já é severo, a descarbonização do motor não será completa com a via química. Neste caso, é necessário recorrer ao procedimento físico, que envolve literalmente abrir o cilindro, desmontar as válvulas e raspar manualmente os depósitos de material.
Normalmente, o procedimento também é realizado no exaustor, para garantir que quaisquer resíduos também sejam retirados de lá. Para o exaustor, normalmente utiliza-se jatos de água em alta pressão. O procedimento físico tende a ser significativamente mais caro que o químico, além de envolver muito mais tempo para a sua realização.
Formas de prevenir o problema
Existem alguns procedimentos que podem garantir que a descarbonização do motor seja um procedimento muito mais raro em sua vida. O uso de bons combustíveis aditivados ocasionalmente (em geral, uma vez a cada dois meses é suficiente) ajuda a manter os cilindros limpos, prevenindo o acúmulo de resíduos.
Além disso, é claro, manter a agenda de revisão em dia é uma forma de evitar que o seu motor precise ser aberto. Certifique-se de que uma descarbonização do motor é feita com a via química a cada 50 mil quilômetros rodados, e este é um tipo de incômodo que provavelmente nunca mais afetará você.
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