A Chevy 500 é a picape do grande pequeno clássico Chevette, e começou a ser produzida no ano de 1983, quando a estrela da família já apresentava mais de dez anos de mercado brasileiro.
Com nome audaz e buscando um segmento de mercado bastante competitivo desde seu lançamento, a Chevy tinha a missão de disputar espaço com picapes de vendas excepcionais, como era o caso da VW Pampa.
Para competir com a concorrência, a GM Brasil optou por fazer uma picape que apresentava um nível de conforto diferenciado em relação à média do segmento, incluindo, até mesmo, opção de transmissão automática.
A caçula da família
A Chevy 500 chegou ao mercado brasileiro cinco anos após sua estreia ao redor do mundo, que resumiu-se à Coréia do Sul e o Uruguai. Na época, o Chevette já era muito bem estabelecido no Brasil, com uma década de história e alto volume de vendas.
Seu nome, aliás, apropriava-se de maneira carinhosa do seu modelo-base, com o objetivo de atribuir o valor sentimental já conquistado pelo Chevette. As variações, aliás, já estavam em quase todos os segmentos, desde o hatchback e os sedãs, até a perua Marajó, demonstrando a capacidade potencial de vendas das variantes da estrela da Chevrolet no país.
Chevy 500 quilogramas
Era isso que diziam as propagandas da Chevy: seu nome era inspirado na capacidade de o carro carregar meia tonelada de carga. Na prática, deveria-se somar a esta capacidade o peso do motorista e do passageira que estavam dentro do veículo, o que poderia reduzir significativamente seu potencial de carga.
Além disso, o número não era necessariamente impressionante – era, aliás, pouco menos do que a maioria de seus concorrentes eram capazes de carregar, e sua plataforma dava pouca profundidade à caçamba, reduzindo o volume que a carga poderia ter sem comprometer a segurança do motorista.
Seu diferencial, no entanto, estava na tração traseira, que dava um controle diferenciado à Chevy, mesmo quando estava carregada – uma reclamação importante que era recorrente no segmento de picapes.
Ficha técnica
A Chevrolet Chevy 500 não era a picape mais veloz, nem a mais potente, nem apresentava a maior capacidade de carga, mas era um carro que – nos aspectos gerais – compensava seus defeitos.
Apenas com motorista, atingia quase 150 km/h, e a tração traseira proporcionava uma experiência mais segura para motoristas com carga cheia. Pesava menos de uma tonelada e trazia um motor quatro cilindros a álcool, proporcionando cerca de 75 cavalos de potência.
No quesito aceleração, levava quase 16 segundos para sair da inércia e chegar aos 100 km/h, mas, em compensação, fazia mais de 8 km/l na cidade, e quase 12 na estrada – o que o tornava o segundo mais econômico do segmento.
Chevrolet Chevy e a concorrência
Embora a Chevy não tenha assumido a liderança no mercado, não fez feio ao apresentar uma proposta relativamente singular dentro de seu segmento.
O forte do projeto, no que diz respeito ao aspecto estratégico, era a possibilidade de maximizar o trabalho relacionado ao Chevette, buscando espaço em um novo segmento com um esforço muito inferior ao necessário para desenvolver um modelo completamente inédito.
A picape foi produzida pela Chevrolet durante doze anos, tendo seu encerramento em 1995, quando já não conseguia acompanhar a concorrência no que dizia respeito aos instrumentos e tecnologias utilizadas.
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