O Agile 2016 surgiu no mercado em tempos de dificuldade da Chevrolet. Isso parece ter sido refletido no modelo fornecido, e sentido pelo público. Com a baixa de vendas e um Onix que retoma o caminho da GM no Brasil, a descontinuidade do modelo após 2016 já é confirmada pela Chevrolet.
Confira as informações sobre o Agile 2016, em sua última versão no mercado nacional:
Reestilização
Uma das expectativas geradas pelo Agile 2016 era a reestilização prometida pela Chevrolet. Uma das maiores críticas ao modelo era sua dianteira, que apresentava linhas questionáveis, de visual bastante cansado. A dianteira, especificamente, recebeu mudanças e ficou significativamente mais atual.
O problema é que a reestilização foi leve demais para as críticas desenvolvidas. Isso é especialmente verdade quando o Agile 2016 é colocado ao lado do Onix do mesmo ano. A comparação beira a melancolia, para o lado do Agile 2016, que parece errar em tudo que seu irmão acerta.
Ficha técnica do Agile 2017
O Agile 2016 é equipado com um motor 1.4 EconoFlex da GM. Isso gera uma potência limite de 97 cavalos, com um torque de 13,2 kgfm. Embora não sejam números impressionantes, é o suficiente para ir de zero a cem em menos de 11 segundos. Além disso, é capaz de atingir uma velocidade máxima de 177 km/h.
Em aspectos gerais, considerando a categoria do carro, é um desempenho bastante razoável. O Agile 2016 ganha alguns pontos, ainda, no consumo. Embora não seja nada impressionante para um carro de seu tamanho, um consumo oficial de estrada em torno de 13 km/l com gasolina não é ruim.
Interior controverso
Por dentro o Agile 2016 apresenta pontos conflitantes. Com 327 litros de volume, o porta malas apresenta uma boa capacidade para o mercado. Além disso, seu espaço interno era louvável. Para um veículo com suas dimensões, o espaço é impressionante.
Por outro lado, o problema interno do Agile está no que é disponibilizado em seu interior. Seus equipamentos e o design do painel gritam falta de fôlego para o mercado atual. Nenhuma versão do modelo oferece o bom sistema multimídia de fácil conexão da Chevrolet.
A disposição dos itens parece estar alguns anos atrasadas, e as escolhas parecem seu pouco refletidas. Isso prejudica significativamente as impressões geradas pelo Agile 2016.
Aposentadoria no Brasil
Junto ao Sonic, o Agile 2016 é a última versão do modelo a ser trazida para o Brasil. A produção Argentina do veículo continuará sendo vendida por lá, mas não atravessará as fronteiras nacionais.
Muitos indicam que os fatores determinantes para a rápida descontinuidade está em dois pontos principais. O primeiro diz respeito à forma de produção. Desenvolvido em 2008, o Agile 2016 é um reflexo de um carro feito em plena crise da GM Global. A ideia era produzir um veículo barato, de fácil produção, utilizando recursos e tecnologias já existentes.
No mesmo período, no Brasil, o mercado estava em pleno aquecimento. A ascensão das SUV não condiziam com as limitações oferecidas por um Agile que já nascia sem fôlego. O segundo ponto problemático foi, ironicamente, a recuperação da GM.
Ao lançar o Onix, que logo seria o mais vendido do país, a diferença entre Agile e Onix foi muito evidente. Isso rapidamente desvalorizou o veículo e o interesse do público no carro. Muitos apontam que a descontinuidade do Agile 2016 pode ser perfeitamente explicada pela ascensão do Onix.
Comentar