A BYD é uma fabricante chinesa que trabalha em diversos segmentos que envolvem energia e – apesar de ser mais conhecida pelos seus ônibus aqui no Brasil – o BYD e6 é o seu veículo de passeio que já prometeu chegar ao Brasil no passado, mas aparentemente está um pouco atrasado.
No mundo, o BYD e6 ficou conhecido por ser uma boa alternativa para taxistas, consolidando-se nesta categoria a partir de sua terra natal, a China. No Brasil, a ideia é que o carro consiga competir com o baixo custo a longo prazo, considerando que a estimativa do custo por quilômetro rodado na cidade é de oito a doze vezes mais barato do que no caso de carros a combustível.
Saiba mais sobre o BYD e6 e quais são suas expectativas no mercado brasileiro:
Espaço global?
O BYD e6 teve uma trajetória bastante consolidada e razoavelmente replicada ao redor do mundo:
Na China, centenas de táxis públicos foram vendidos, contabilizando mais de uma centena de milhões de quilômetros rodados até hoje. Para sair do país, tentou entrar diretamente no mercado europeu e obteve algum espaço com taxistas no Reino Unido – logo depois, começou a popularizar-se entre taxistas de outros países europeus.
A baixíssimo custo do quilômetro rodado pelo carro somado à curiosa mistura confortável de SUV com perua garantiu que este espaço fosse obtido pelo BYD e6. No Brasil, a proposta é a mesma – iniciar por motoristas profissionais, em especial pelos taxistas.
Fabricação brasileira?
A BYD está em processo de instalação de uma planta industrial em Campinas. Na unidade, promete-se a fabricação de painéis fotovoltaicos, ônibus e, em 2014, até mesmo a produção de um BYD e6 nacional para escapar dos impostos.
O prazo para a fabricação do elétrico, de 2015, passou sem o seu lançamento no mercado nacional, restando apenas a opção de importação. Nenhum novo anúncio sobre a possibilidade foi realizado, mas ao que tudo indica, não há uma ideia de continuidade no projeto em sua versão brasileira, o que afeta diretamente o preço do veículo importado.
Autonomia e carregamento
Segundo a fabricante, uma única carga completa gera, para o carro, autonomia média de até 300 quilômetros de distância. Na prática, segundo análises europeias do veículo, uma carga de bateria gera autonomia suficiente para que o carro rode por 140 milhas, o que representa uma distância equivalente a 225 quilômetros.
Mesmo na versão realista, a autonomia está longe de ser ruim considerando, por exemplo, a média nacional de quilometragem diária de taxistas. Pensando nesta classe, aliás, a BYD oferece um sistema de carregamento rápido da bateria.
Enquanto a carga completa leva entre cinco e oito horas para ser realizada, há um transformador especial que completa a bateria em apenas duas horas. Isso dá, aos trabalhadores de alta distância diária, a possibilidade de não permitir que a questão elétrica se torne um problema para sua rotina.
Preço
É neste ponto que a fraqueza do veículo aparece. Quando pensamos em um veículo chinês, estamos acostumados a esperar um carro de baixo custo. O BYD e6, no entanto, não deve chegar ao Brasil por menos do que 200 mil reais – o que pode torná-lo inviável até mesmo para quem faz quilometragens enormes por dia, considerando os custos de manutenção futuros, como a troca da bateria.
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