Chamada de zinabre por alguns, ou de azinhavre por outros, a oxidação que ocorre nos materiais externos da bateria do carro é um problema razoavelmente comum e bastante nocivo para a vida útil das partes elétricas. No entanto, o problema nem sempre recebe a devida atenção de seus donos.
Talvez você já tenha vivido a situação de abrir o capô e perceber pequenas crostas esverdeadas na bateria, como uma espécie de limo seco nos equipamentos. Essa camada verde é o famigerado zinabre, que precisa ser limpo e prevenido, mas a maior parte das pessoas simplesmente ignora o problema até o momento de trocar a bateria.
Entenda como o zinabre é formado, quais são os problemas que ele causa no veículo, e quais são as maneiras de lidar com o problema no seu carro:
Como o zinabre é formado?
A maneira mais comum de formação do problema é a partir da reação química de três elementos presentes na bateria e no ambiente. O ácido sulfúrico, presente no líquido que é armazenado no interior da bateria, em contato com o metal do conector ou do polo da bateria reagem quando expostos ao oxigênio.
O resultado dessa reação é a crosta esverdeada, capaz de gerar vários problemas. Em uma bateria bem instalada e bem cuidada, não há o vazamento do ácido sulfúrico para fora de seu recipiente, fazendo com que o zinabre não apareça.
Em geral, as causas para que o vazamento ocorra são o excesso de solução líquida, a instalação incorreta da bateria (havendo espaços ente a bucha e o polo), ou a porosidade excessiva do metal, em função de seu desgaste ou da baixa qualidade do material.
Quais as consequências da formação de zinabre?
O principal problema gerado pelo zinabre está na dificuldade de transmissão da corrente elétrica. Após a reação, a crosta formada não tem um caráter condutor. Isso significa que a corrente elétrica não passará pelos locais afetados, podendo ficar até mesmo bloqueada por completo.
Isso pode gerar problemas diversos, que vão desde a dificuldade na hora de dar a partida, até problemas mais graves, como o superaquecimento dos cabos, a inutilização da bateria e falhas de carregamento dos componentes elétricos do veículo, reduzindo sua vida útil.
Quando o problema não é pontual e continuar vazando, é possível que o zinabre se espalhe para outras partes do motor e da lataria, podendo gerar problemas mecânicos e estéticos. Por isso, é absolutamente essencial corrigir o problema o quanto antes.
Como resolver o problema?
Existem basicamente duas formas de resolver o problema sem precisar recorrer a uma oficina. A forma mais simples – mas que exige bastante atenção – é utilizar água quente em algum pano ou material não abrasivo.
Cuidadosamente, passe a água quente sobre o local onde há zinabre, seque cuidadosamente e certifique-se de que não vazou água para outros componentes elétricos. Dê bastante atenção para a bateria nos dias e semanas seguintes, para conferir se a formação da reação química não voltou a aparecer.
A outra solução, de caráter preventivo, é adquirir os chamados feltros contra zinabre. Trata-se de um feltro carregado com agentes químicos que “estancam” o vazamento, reduzindo as chances de formação do problema.
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