Se você enxerga o charme das Scooters Vespa e possui o sentimento nostálgico de que tratam-se de obras de arte sobre duas rodas, há uma notícia boa. Você não está sozinho e, mais do que isso, o mercado potencial destes admiradores fez com que as Scooters Vespa fossem relançadas no mercado nacional.
A Vespa era vendida no território brasileiro até a década de 1980, junto a uma parceria com a Caloi como montadora dos modelos. Em função de questões mercadológicas, a venda oficial foi interrompida para apenas agora, quase 30 anos depois, a marca ressurgir no país.
Sob liderança da Piaggio, as Scooters Vespa serão vendidas em quatro modelos diferentes. Eles chegam (ao menos por enquanto) ao Brasil através de importação e apostam no caráter único de seus modelos para obter bons resultados.
Saiba tudo sobre a nova chegada das Scooters Vespa no mercado, e o que esperar desta nova fase da marca no Brasil:
Aposta alta na nostalgia e em estilo próprio
A Piaggio – responsável pelas Vespa no mundo – atuará em parceria com um grupo de investimentos na tarefa de reviver a marca no Brasil. A tarefa é delicada, porém interessante. Em função de sua capacidade nostálgica, as Scooters Vespa não são exatamente modelos de custo baixo.
Na verdade, tratam-se de modelos que representam um estilo muito próprio para seus usuários. No caso específico da Vespa, alguns modelos podem ser considerados até mesmo obras de arte. Para colocar o plano em prática, a marca contará com o antigo CEO da Harley-Davidson Brasil, Longino Morawski, que certamente entende de estilo de vida sobre duas rodas.
Por isso, a marca iniciará suas vendas em lojas especiais. Elas oferecerão, além das scooters, peças de vestuário e itens relacionados à marca. Serão lojas para um público que compreende o valor intrínseco das scooters – especialmente as Vespa.
Linha ampla na reestreia
Para a chegada no país, a marca não pretende começar lentamente. Já em seu primeiro dia de vendas, terá quatro modelos de Scooters Vespa disponíveis. Serão duas versões da Vespa Primavera (com 125 cc e 150 cc), além da chamada Vespa GTS 300 (mais potente e maior) e um modelo especial chamado 946 Empório Armani. Este modelo, em especial, deixa clara a tendência de grife das Vespa ao comemorar as quatro décadas da marca italiana.
Dentro da própria linha Primavera 150cc, as primeiras mil unidades terão valor de coleção, ao que tudo indica. Os primeiros mil modelos serão numerados para seus donos, tornando-se uma peça singular, que sai da boutique com história própria.
Estilo próprio e linguagem diferenciada
Com a proposta de estilo próprio, fica clara a intenção da Piaggio no Brasil. Para a marca, scooters não são apenas uma opção acessível para o transporte urbano. Carregam, na prática toda uma linguagem própria a respeito dos pilotos.
Por isso, aposta em qualidade – e a aposta possui, por óbvio, um custo. A versão mais simples da Vespa Primavera custa, na Itália, quase quatro mil euros. A tendência é que isso represente cerca de 20 mil reais, no Brasil. Deve-se considerar que isso pode indicar até três vezes mais do que scooters populares de mesma potência.
Por isso, é difícil estimar ao certo se a linguagem proposta pelas Scooters Vespa realmente funcionará. Ao passo que boa parte da recepção do público parece positiva, muitos parecem ter baixa expectativa em relação à capacidade do modelo de triunfar nas complicadas ruas brasileiras.
Resta saber se a aposta será certeira. Por um lado, todos os estudos da marca indicam uma espécie de “scooterização” do mercado no segmento de baixa cilindrada. Do outro, não há evidências suficientes de que o público esteja disposto a investir tanto em uma scooter. Com plano de vender 35 mil unidades por ano em 2018, só o tempo poderá indicar o sucesso da Piaggio.
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