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Como fazer a importação direta de carros?

A importação de carros de maneira direta – sem recorrer à uma concessionária que tenha trazido seus veículos de fora do Brasil – é uma opção bastante procurada para quem quer carros exclusivos ou simplesmente busca um preço mais em conta do que o praticado no mercado nacional.

No caso da importação direta, o consumidor encontra um vendedor em outro país e traz o carro para o Brasil, pagando os impostos e taxas de maneira separada. É uma prática popular especialmente com carros vindos dos Estados Unidos, onde o preço dos veículos é significativamente mais baixo.

É importante saber, no entanto, que este é um processo burocrático, onde um bom valor nem sempre é garantia. Entenda como funciona o processo de importação de carros:

Vale a pena?

Não é simples dizer se a importação vale a pena. Em 2012, por exemplo, o mercado favorecia bastante a importação de alguns modelos dos EUA, pois era possível pedir a restituição do IPI, um imposto que poderia chegar a 55% do valor da compra e o dólar pairava abaixo dos dois reais.

A verdade é que valer a pena ou não, na importação de carros, depende muito das condições da economia no momento da compra. Câmbio monetário e impostos de importação estão entre os fatores mais sensíveis e voláteis de qualquer economia e, em alguns meses, uma situação favorável pode tornar-se menos benéfica.

Atualmente, o Brasil não abre mão do IPI e o dólar flutua a pouco menos do que o dobro do que era menos de cinco anos atrás. Comércio internacional, mesmo que para uso próprio, não é um contexto simples e exige algum conhecimento de seus praticantes.

Outro ponto a ser considerado por quem deseja importar um carro é o tempo de espera. Por ser um processo bastante burocrático, o comprador não pode precisar de agilidade absoluta na compra de seu veículo, pois não há maneiras de acelerar os trâmites de importação.

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Como fazer?

A importação de carros de maneira direta depende de alguns passos que variam em complexidade. É necessário encontrar o fornecedor no outro país e negociar com ele o carro que você deseja, o que pode se tornar significativamente mais fácil se você falar a língua do fornecedor.

Em relação à burocracia, é necessário que a importação de carros seja autorizada pela Receita Federal Brasileira. Para isso, o importador deve ter um registro no Siscomex, que é o sistema de comércio exterior centralizado no país. Para obter este registro, a pessoa necessita possuir a autorização para importação, chamada Radar.

Quem fornece estas autorizações é a Receita Federal e é através deste sistema que o importador deve pagar seus tributos e taxas antes de retirar o veículo para poder ter acesso a ele.

Além da negociação e da parte legal, é necessário definir a Incoterm utilizada, que é uma série de regras sobre a relação entre fornecedor e comprador. As Incoterms definem quem será responsável pelo seguro, pelo transporte, pelo desembaraço aduaneiro e todos os outros termos necessários entre a liberação e a entrega de um veículo.

Com estes termos definidos, é essencial que o comprador busque a prestação de serviço das partes pelas quais ficou responsável (transportadora, seguradora, despachante aduaneiro, etc.).

Empresas especializadas

Há empresas especializadas que facilitam o processo de importação direta, cobrando um comissionamento referente ao valor do carro. Elas utilizam estrutura própria para resolver todos os trâmites, entregando o carro – já devidamente legalizando em relação às normas brasileiras – para o dono no Brasil.

A importação de carros com uma empresa do tipo ainda é considerada direta e independente, pois não passa pela cadeia global da montadora e seus revendedores para levar o carro ao consumidor final.

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