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Chevette: a história de um pequeno clássico

O Chevette remonta tempos onde a indústria automobilística brasileira ainda encontrava seus principais segmentos de atuação. A escolha de produção do carro no Brasil foi tomada a partir de um decisão entre produzir um carro de pequeno porte ou um veículo de porte intermediário para grande – duas categorias ainda virgens no mercado nacional.

A escolha é óbvia e acertada. O Chevette foi um carro de pequeno porte, baixo custo e performance adequada para a sua proposta. Foi, durante algum tempo, o carro mais barato do Brasil e ocupou a posição de mais vendido durante 1983.

Estreia no Brasil

Foto: Tudo de Carro/Reprodução
Foto: Tudo de Carro/Reprodução

Três anos antes de sua estreia, mais de 1.500 trabalhadores foram reunidos para planejarem o lançamento de um novo veículo para a Chevrolet – ao menos, esta é a versão oficial da GM sobre o seu lançamento no Brasil.

Chamava-se “projeto 909” o responsável pela criação do novo carro de pequeno porte que estrearia um segmento próprio no mercado nacional. Na prática, o carro lançado parecia bastante inspirado no Kadett C da Opel, que circulava em alguns países da Europa.

Segundo algumas fontes da época contam, a equipe do projeto julgou pouco adequado dar um nome de escalão militar em plena época de ditadura no Brasil, sem saber como isso seria interpretado tanto pelo governo, quanto pelo público.

Por isso, quando foi lançado, em 1973, foi batizado de Chevette – nome que dá a ideia de um pequeno Chevrolet. Curiosamente, o modelo brasileiro foi lançado seis meses antes de sua apresentação para o mercado global.

A versão de estreia era o sedã de duas portas. Anos depois, ainda seriam lançados o sedã de 4 portas (destinado especialmente para exportação), o hatchback de três portas, a perua Marajó, e a picape Chevy. Suas variações ocorreram da forma como seria replicado nos modelos do Gol, que inspiraram toda uma linha de modelos nacionais.

Chevette ao redor do mundo

Foto: Public Domain Pictures
Foto: Public Domain Pictures

Embora o primeiro Kadett circulasse na Alemanha desde 1936, o modelo equivalente ao Chevette corresponde à quarta geração produzida do alemão. Talvez em um dos momentos mais improváveis da história automobilística brasileira, o Kadett IV foi apresentado no Salão de Frankfurt apenas seis meses depois da estreia de seu irmão quase gêmeo no Brasil, o Chevette.

O modelo quatro portas fabricado no Brasil foi, aliás, montado praticamente para a exportação para outros mercados, uma vez que tinha pouco espaço no mercado nacional. Em seus vinte anos de fabricação brasileira, o Chevette viu versões suas atenderem por sete nomes ao redor do mundo.

Ascensão e queda

O Chevette nunca foi construído com o propósito de ser impressionante. Sua proposta era um carro com atributos, dimensões e qualidade honestas em relação a seu preço. Isso forneceu a ele a possibilidade de viver durante duas décadas no mercado e assumir a posição de primeiro lugar de vendas em 1983, enquanto seus principais concorrentes tentavam adaptar-se às novas condições de mercado.

Durante a década de 1980, as novas opções de mercado, mais atuais, foram tomando o seu lugar gradativamente, até que sua produção fosse descontinuada no ano de 1993.

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