A violência nas grandes cidades é uma preocupação diária, e leva muita gente a pensar em estender a proteção também aos veículos. Mas, afinal, como funciona e qual o preço da blindagem de carros?
A blindagem veicular é basicamente a aplicação de chapas de aço, placas de um composto feito de plástico e vidros recheados com mais plástico. Uma verdadeira armadura com 200 quilos que protege o carro, e seus ocupantes, pelo menos das armas leves.
O mecanismo é útil em assaltos comuns, aqueles que acontecem em faróis, quando a ameaça vem dos bandidos com armas em punho. Mas não transforma ninguém em Superhomem, Batman ou coisa parecida, infelizmente.
A blindagem de carro não contempla o motor do veículo. Portanto, se o capô receber uma chuva de balas (bate na madeira), o possante não sairá do lugar. Ou seja, por mais blindado que você esteja nas demais partes, será alvo dos criminosos da mesma forma.
A blindagem convencional também não resiste aos armamentos mais potentes, comofuzis do tipo AR-15 e rifles de uso exclusivo das Forças Armadas, por exemplo. São armas que praticamente rasgam as estruturas do carro como se elas fossem feitas de cartolina.
Existe até uma blindagem mais reforçada, que protege contra armas pesadas, mas elas são mais raras – e mais caras! Em vez da média de R$45 mil do serviço tradicional, é preciso desembolsar mais ou menos R$200 mil para garantir proteção extra.
O problema é que, além do preço, a blindagem especial representa pelo menos 800 quilos a mais. Haja motor, não é verdade?
Porém, mesmo que você possa arcar com os custos e seu carro possa suportar o peso da blindagem power, garantir um carango super-hiper-mega-protegido não é fácil.
Para blindar um carro do jeito comum, é preciso autorização do Exército – que verifica os antecedentes e a vida de quem solicita essa “regalia”.
Se a intenção é fazer do carro quase um “tanque de guerra”, com a blindagem turbinada, é preciso muito mais! Você tem que provar às autoridades competentes que é alvo claro de sequestro e tentativas de assassinato.
Confira como é feita a blindagem de carros
Moldura de aço
As colunas das portas e a lateral do teto são finas demais para suportar placas de aramida. Então, esse tipo de moldura do cockpit é revestido por chapas de aço de até 3 milímetros de espessura. É a blindagem convencional.
Naquela top, é utilizado um aço com espessura equivalente, só que mais forte.
Cockpit de Fórmula 1
O espaço destinado ao motorista e passageiros é revestido com placas de um composto plástico flexível. Ele é chamado de aramida, um produto mais leve e resistente que o aço.
O material é também conhecido como Kevlar, uma marca registrada que é aplicada na proteção dos carros de F-1. Na blindagem antifuzil, o produto é substituído por cerâmicas rígidas, compostos ainda mais resistentes.
Roda viva
E se os tiros acertam os pneus do carro? Não tem problema, pois eles recebem uma espécie de cinta de aço por dentro. As balas podem até furar a borracha, mas o veículo continua rodando, ainda que de uma forma um tanto quanto capenga.
Bem, parece ser o suficiente para fugir de um ladrão de farol. Seria mais complicado se fosse uma perseguição tipicamente hollywoodiana.
Para encerrar…
Enfim, blindagem de carro protege bastante, mas não garante totalmente a vida. É preciso pensar em outros aspectos, que incluem ações particulares e mecanismos de segurança pública. Mas, se você pode arcar com os custos, toda ajuda contra a violência é bem-vinda!
Boa sorte, e até breve!
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